Mês: junho 2015

Jargões do Grafite

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Galera, muitas vezes vamos escrever textos aqui com alguns nomes do universo do grafite que podem não ser familiares a vocês, então aqui está alguns jargões dessa arte:

Grafiteiro/writter: o artista que pinta.
• Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro.
Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo.
Tag: é a assinatura de grafiteiro.
Toy: é o grafiteiro iniciante.
Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo

Fonte: Texto da  Eliene Percília

Vídeo argumento do nosso documentário!!

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Galera, como vocês sabem (ou não), nosso projeto tem como objetivo final a criação de um mini documentário. Pra que vocês fiquem por dentro de como ele será feito, bem como de quais são nossas intenções com ele, fizemos um vídeo argumentativo buscando deixar vocês leitores mais próximos a nós e ao tema. Também falamos brevemente sobre a história da pichação e do grafite na cidade de São Paulo. Enfim, esperamos que gostem!!

Origem da pichação e do grafite

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Temos a pichação como algo muito presente em São Paulo, e há uma tendência a se pensar que ela surgiu recentemente. O que muitos não sabem é que este tipo de arte existe desde a Antiguidade, presente também na Idade Média, em que as pessoas utilizavam a pichação como uma forma de protesto, ou como meio de expor um ponto de vista, assim como é hoje em dia. O pixo começou a tomar força no Brasil na época da ditadura militar, em que militantes pichavam os muros das cidade como protesto em relação ao que estava acontecendo, e em geral, eram apenas frases escritas, não tendo nenhuma característica específica. Em São Paulo, entretanto, foi desenvolvido um estilo para pichação conhecido como Tag Reto, que significa assinatura, e consiste em trazer uma forma de desenho para as letras, sendo utilizado para diferenciar grupos de pichadores. Esse estilo tem por característica letras retas, pontiagudas e alongadas, sendo típico em São Paulo e único no mundo. 

O grafite, por ter como origem a pichação, tenta também fazer uma crítica ou mostrar um ponto de vista em relação a algo, só que por meio de desenhos, ou seja, diferentemente da pichação, que é algo rápido, o grafite é algo mais planejado e leva mais tempo para ser feito. Ele se iniciou nos Estados Unidos, mais especificamente em Nova Iorque, na década de 1970, com o movimento de Hip Hop, entretanto só ganhou mais notoriedade no Brasil na década de 80, e desde então muitos grafiteiros respeitados surgem daqui, como Os Gemeos, que são contratados para trabalhos inclusive fora do país.

Controversias da Pichação na justiça

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A pichação é considerada crime nos termos do artigo 65 da lei 9.605, a qual diz que é proibido pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano. O crime pode levar ao ”criminoso” a pagar a pena de 3 meses a um ano de detenção mais multa. Caso o crime seja realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 meses a um ano de detenção e multa.

Mas…sempre tem um porém. ”Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional”.

Não acho nada errado ser legalizado a prática quando há autorização e ilegal quando não há, longe disso, creio que é necessária para que seja mantida a ordem na sociedade e acabe com essa ideia de ”pichação é vandalismo” (menos em casos de manifestações, as quais necessitam da desordem para serem efetivas). Mas o que mais me chamou atenção é o fato da lei tratar de pichação, porém ao associar um ”””””’teor artístico”””””’ (pra quem escreveu a lei, talvez) o termo utilizado passou a ser ”Grafite”. Ou seja, a pichação evolui para grafite com um pouco de beleza? Ela é o que? Um Pokemon? Ninguém sabe ao certo o divisor das águas entre grafite e pichação, mas tenho certeza que não é o cara que escreveu essa lei que vai determinar isso.

Achei errada essa mudança de termo. Se a lei é sobre pichação, fale sobre pichação, não coloque um parente próximo dela como algo superior ou que deve ser legalizado quando ela não deve. Pichação não é o retrocesso de grafite, pichadores não são futuros grafiteiros que não tanto quando eles. Pichação e Grafite são coisas diferentes, com propósitos e objetivos diferentes. É uma pena que a maioria das pessoas não reconhecem isso e só veem a pichação como aquele ”primo feio” do grafite…

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.

Mais um estilo de arte

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Antigamente, por conta da falta de material aqui no Brasil, os custos para grafitar e pichar eram muito altos por conta dos sprays importados. Porém esse problema não chegou nem perto de tirar a força dos movimentos dessas manifestações urbanas, uma das soluções para esse problema foi “pichar” com rolinho de tinta ou, no caso dos grafites, apenas passar o spray no contorno e pintar a figura de tinta. Até hoje tem um movimento promovido por uma “Crew” do pixo chamada “Rolinho Bros” que mesmo depois da baratiação da pichação continuam a ultilizar essa tecnica mais Old School como forma de ter sua identidade própria. Suas obras podem ser vistas por toda a cidade…não é muito dificil de reconhecer.

  

A Arte Contemporânea é uma farsa: Avelina Lésper

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O tema do nosso projeto, pichação e grafite, com certeza são as formas de arte contemporânea mais presentes nas vidas dos nossos leitores. Porém será que existe mesmo a arte contemporânea? A critica de arte Avelina Lésper, com muita ousadia, afirma que esta não passa de uma farsa, pela falta de criatividade, superlotação de artistas entre outros ”problemas” encontrados nos dias de hoje no universo da arte. Não pude deixar de postar isso, pois além de se tratar do nosso tema, com certeza é uma visão polêmica, mas que deve rodear a cabeça de cada um de nós ao comparar arte moderna com as detalhadas pinturas classicistas. Levantando fortemente as discussões feitas na aula de Estudos Literários sobre o paradigma de autoridade e falando um pouco sobre o ”ready made”

Assista aqui uma conferência proferida por Avelina Lésper:

13mai2015---a-obra-no-10-de-mark-rothko-foi-vendida-por-us-819-milhoes-em-leilao-realizado-pela-christies-14316(quadro de Mark Rothko, vendido por 82 MILHÕES de dólares)

Até bateu uma vontadezinha de ser artista moderno depois dessa.

Grafite, graffiti ou graffito? Pichação ou pixação?

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Pretendo fazer ainda nessa semana um post falando sobre a história do grafite e da pichação em linhas gerais, esse post fala mais sobre as diferentes maneiras de se escrever essas palavras, como o título sugere. Grafite, graffiti ou graffito, como conhecemos hoje, é uma expressão artística que vem lá do Império Romano. A palavra “graffito” é italiana e significa rabisco ou desenho gravado em muro ou parede. Essa é a forma no singular, já que o plural de graffito é graffiti, na língua italiana. Essa palavra foi incorporada por diversas línguas, podendo haver pequenas adequações às regras gramaticais de cada idioma. A versão “aportugesada” de “graffito” é “grafite”, presente no dicionário. É possivel que, ao longo da história, tenha acontecido uma pequena confusão, pois usamos “grafite” no singular e essa se parece mais, sonoricamente, com “graffiti”, mas pouco importa agora.
A palavra “pichação” (ou “pixação”), vem do inglês pitch e portanto deve ser, gramaticalmente falando, escrita com ‘ch’. O que se percebe, porém, é que a maioria desses artistas de rua preferem que se utilize o ‘x’. A explicação pra essa preferência é somente estética, mas faz sentido: observando, principalmente em SP, a caligrafia/fonte como é feito o pixo, percebe-se mais traços curvos ou retos? Retos, a base da pichação daqui! O ‘X’ é feito por duas retas, enquanto o ‘C’ por uma curva… Faz sentido que se prefira o ‘X’.
Concluindo, não há maneira correta de se escrever: a que você prefeir, é a correta. Pode-se utilizar tanto Grafite, quanto Graffiti ou Graffito. O mesmo com pichação e pixação. Por uma questão de uniformidade somente, nós aqui do blog decidimos por utilizar as formas “grafite” e “pichação”.

Mudança de tema!

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Olá, leitor. Manja aquela sensação de quando você começa a fazer algo, mas depois esquece o porquê esta fazendo? Então, é exatamente essa sensação que os integrantes do grupo sentiram nos dias que passamos na metrópole. Inicialmente partimos direto para o tema da oposição entre pichação e grafite, considerando o primeiro vandalismo e o segundo arte. Pensamos bem e chegamos a seguinte conclusão: quem somos nós para dizer o que é arte ou não? A pichação não pode ser pré-julgada como ”algo que não é arte” apenas por não ser bonito.

De acordo com a maior enciclopédia virtual do mundo, ”arte (do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) pode ser entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedades de linguagem”. Ué, então, na teoria, a pichação é arte! Mas e na prática? Isso que buscaremos mostrar em nosso documentário.

Durante nossa expedição na metrópole, vimos diversas pichações e grafites, e para ser sincero, as histórias por trás das pichações eram muito mais interessantes do que as do grafite. Foi como uma luz que ascendeu nas nossas mentes tirando a legitimidade daquilo que tentávamos defender. Um abraço para a ideia de pichação como vandalismo e a supervalorização do grafite…Agora nosso tema é PICHAÇÃO E GRAFITE COMO ARTE! Será os quatro integrantes contra o senso comum. Lets make it!

Encontro Filosófico do dia 30/05! – Nathan Jettar

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Bom, esse encontro filosófico, que é um evento organizado pelos professores de humanas, principalmente o Fepa e a Teresa, foi um encontro que aconteceu no Espaço Itaú de Cinema na Rua Augusta. Todos os alunos do colegial foram convidados a comparecerem no encontro para assistir ao último documentário do mais renomado documentarista brasileiro Eduardo Coutinho. O último documentário de Coutinho não foi acabado por ele. Ele conseguiu filmar tudo o que queria, mas infelizmente foi assassinado pelo seu filho antes de poder editar e montar o documentário.

O documentário falava sobre a vida pessoal principalmente de adolescentes comparados à crianças. O documentário começa com uma fala de Eduardo Coutinho falando que adora crianças e que os adolescentes não são tão interessantes como aquelas. O documentário mostra cenas muito pessoais de adolescentes de renda baixa que estão cursando o terceiro ano do Ensino Médio que atraem muitas risadas e também tristeza no caso de alguns adolescentes. Ao final do documentário, Eduardo Coutinho entrevista uma criança. Uma menininha por quem ele se encanta e se pergunta porque não fez o documentário sobre crianças.

Enfim, após a exibição do documentário, fomos até uma praça na Avenida Paulista e fizemos uma discussão muito relevante e interessante do ponto de vista do documentário. Algumas pessoas ressaltaram que não há músicas presentes no documentário, principalmente para não haver a manipulação por exemplo dos sentimentos que os telespectadores  sentirão ao ver o documentário. Essa característica é um tanto quanto comum dos documentários de Coutinho.

Após a discussão, fizemos um lanche coletivo na praça, em que as pessoas só poderiam comer certas comidas se outras pessoas oferecessem essas comidas à elas, o que é muito interessante e faz as pessoas trabalharem em grupo. Após o lanche coletivo, saímos do parque e voltamos para nossas casas após um dia incrível.

Confira o filme de abertura do Ultimas Palavras: